Se o Brasil carece de comerciais de TV promovendo a bicicleta como bem de consumo (tal qual se faz com os carros, em ilusórias ruas desimpedidas de gente e outros carros), outros países sabem fazer seus consumidores comprar produtos que também podem fazer bem a eles e ao mundo onde vivemos. 🙂
Ocorreu-me nestes dias: “por que eu não vejo comerciais de TV de fabricantes de bicicleta?”. A única coisa que eu vejo são materiais de ponto-de-venda nas bicicletarias, e nada mais. Se o livre-mercado prega o uso da publicidade, porque ela não acontece para os fabricantes de bicicletas? Por que não há o interesse? Por que a fábrica de desejos do capitalismo vale mais para o carro que para a bicicleta?
Mas eu posso estar errada. Vai ver a inexistência de publicidade de massa exclusiva para as bicicletas (ou seja, tem bicicletas em comerciais que pregam a “sustentabilidade” de empresas que não oferecem nem bicicletários a seus clientes) é apenas regional. Mas eu não sei dizer.
Eu nunca tinha mostrado a Violeta, a senhorita minha bicicleta, solteira, brasileira, e tal.
Ela é a prova cabal de que qualquer mountain-bike pode se transformar em uma city-bike com aparência de original. Não é nem por fetiche, mas pela praticidade. Cestinha para fazer a feira dos sábados. Bagageiro para os cacarecos reaproveitáveis que eu encontro na rua (mas tou a fim de adquirir um alforje), farol a dínamo para a noite, que aí eu não gasto pilhas; e paralamas para não encher minhas costas de lama nos dias de chuva. Acho que uma bike bem equipada, vinda de fábrica, ajuda a incentivar seu uso na cidade. E tira um pouco a impressão de que bicicleta só serve para esporte.